ANTÓNIO OLIVEIRA:
«Espero que os clubes de Lisboa não venham a ser o 5.º poder»
FC Porto 01-05-2020
Antigo jogador e
técnico do FC Porto, António Oliveira foi um dos convidados do FC Porto em casa
desta sexta-feira, em conjunto com Cubillas, e deixou algumas mensagens sobre o
que considera ser o poderio lisboeta no futebol.
«A equipa do FC
Porto ganhava poucas vezes campeonatos na minha época. Eramos os melhores
várias vezes, mas o resultado final era sempre o mesmo. Havia um peso
fundamental no exercício de atravessar a Ponte da Arrábida. Sabíamos que éramos
sempre prejudicados. Às vezes o FC Porto não tinha uma equipa capaz e quando
tinha, cortavam-nos as pernas. Que as pessoas pensem no que é ainda hoje o
futebol português, os clubes de Lisboa serem campeões não tem que ser algo
constitucional.
Temos quatro
poderes, espero que os clubes de Lisboa não venham a ser o 5.º poder da
soberania. Faço apenas uma leitura do que está a acontecer e preocupa-me
desse ponto de vista», afirmou.
RECORDANDO O PASSADO,
ONDE EM VEZ DO QUINTO PODER
HAVIA O PODER TOTAL:
1)-Correio da Manhã
Sábado, 11 de
Dezembro de 2004
Entrevista a
Octávio Machado
"CM: Ficou
surpreendido com as evoluções do processo ‘Apito Dourado’?
OM: – Eu, que
ando há quarenta anos no futebol?! Fui a primeira pessoa a falar do sistema.
Dez anos antes de Dias da Cunha o fazer. Pensa que alguma vez vou esquecer o
que vivi antes do jogo Gil-Vicente-FC Porto na época de Carlos Alberto Silva.
Foram os momentos mais traumatizantes da minha vida e da minha carreira. Esse
jogo determinava a descida de divisão do Gil Vicente, treinado por António
Oliveira, caso a equipa perdesse contra o FC Porto, na altura do jogo já
campeão nacional.
Não esquece
porquê?
OM - Porque tive
de lutar para que mantivéssemos a nossa dignidade.
Sofreu pressões
para que o FC Porto facilitasse a vida ao Gil Vicente?
OM - Num
telefonema chegaram a dizer-me que eu era a única pessoa do FC Porto que
desejava a vitória da equipa frente ao Gil Vicente.
Quem lhe
telefonou?
OM – Um amigo.
De facto, bem vi aqueles que foram ao balneário do Gil Vicente festejar a
vitória da equipa. Perdemos por 1-0, mas não perdemos a dignidade porque não
cedo a pressões e disse isso mesmo aos meus jogadores no fim do jogo.
Pinto da Costa
deu-lhe a entender que o FC Porto devia facilitar?
OM – Nunca me
diria isso porque me conhece.
Algum dirigente
do FC Porto o fez?
OM– Há muitas
maneiras de fazer pressão. Posso apenas dizer que vivi momentos muito difíceis,
mas tenho que deixar alguma coisa para revelar no meu livro. Mas não foi a
única vez que me aconteceu. Num jogo entre a Académica e o FC Porto em que se
discutia a descida de divisão da Académica, também passei por situações
difíceis. Acabamos por ganhar com um golo de Raudnei, infelizmente para alguns,
porque não era suposto o FC Porto ter ganho esse jogo à Académica.
Em que época se
passa esse segundo episódio?
OM – Quando Ivic
era treinador do FC Porto. O treinador da Académica era António Oliveira...
– Exactamente.
Foi pressionado,
por duas vezes, para não prejudicar duas equipas, treinadas por António
Oliveira?
OM– Vivi
momentos muito difíceis."
2)- Desde que a
Académica acusou o Vitória de
Guimarães de ter N'Dinga mal inscrito, que o nome do ex-médio é associado aos
dois clubes ©Blogue Glórias do Passado Mas voltando atrás, afinal em que
consiste o caso N'Dinga? Recuando à temporada 1987/1988, a Académica foi uma
das equipas que desceu de divisão, juntamente com o O Elvas, Varzim, Rio Ave,
Salgueiros e Sporting da Covilhã. Os estudantes desceram com 33 pontos e o
Vitória de Guimarães, com o mesmo número de pontos, ficou no principal escalão,
sendo a primeira equipa acima da linha de água. A Académica queixou-se, no
entanto, que N'Dinga, jogador do Vitória de Guimarães, estava mal inscrito e
que por isso os vimaranenses deveriam perder os dois pontos relativos ao
triunfo sobre os estudantes por 3x0, a contar para a 34ª jornada e no qual o
jogador do Zaire foi utilizado. Com isso, seriam os minhotos a descer de
escalão. Na altura nada aconteceu e a Académica desceu mesmo de divisão,
queixando-se também que o Vitória de Guimarães e o SC Braga tinham empatado
propositadamente a uma bola na penúltima jornada, uma vez que o resultado
servia o interesse das duas equipas minhotas que lutavam pela manutenção, até
porque os bracarenses terminaram o campeonato apenas com 34 pontos, mais um do
que as duas equipas envolvidas no imbróglio. Anos mais tarde, António
Oliveira, que nesse ano orientou o Vitória de Guimarães, admitiu, numa
entrevista em off the record, a possibilidade de ter havido carimbos
falsificados na inscrição de N'Dinga na época de 1987/1988. O empresário do
jogador desmentiu tal acusação, mas a Académica, que depois dessa descida ficou
dez anos consecutivos sem competir na primeira Liga, avançou com uma ação nos
tribunais contra a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O Tribunal da Relação
deu razão ao emblema de Coimbra e condenou a FPF ao pagamento de uma
indemnização ao clube. Contudo, a federação recorreu para o Supremo e conseguiu
anular a primeira decisão, não tendo que pagar qualquer indemnização à
Académica e ficando tudo como dantes.
Texto retirado
do zerozero.pt
3)-BELOS TEMPOS DO PODER TOTAL:
EUSEBIUS
Este MORCÃO BARRASCO,já está pelo menos há 1 ano em pézinhos de lã, a mover-se para a corrida eleitoral pós-MUMIA da Costa.
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